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52 outubro 2023 istória - E ssência no T empo João C utileiro Viveu de 26 de Junho de 1937 a 5 janeiro de 2021 , em Lisboa. Residia e trabalhava em Évora, onde está exposta parte da sua obra, desde 1985. Realizou a sua prim eira exposição individual ("T entativas Plásticas") em 1951, com 14 anos, em Reguengos de M onsaraz, onde apresentou esculturas, pinturas, aquarelas e cerâm icas. Estreou-se nas artes em ateliês de diversos m estres e, depois de um a breve passagem pela Escola de B elas Artes de Lisboa, ingressou, por indicação de P aula Rego, à Slade S chool of Art, em Londres, onde se diplom ou.Nos anos 60, Cutileiro regressou a P ortugal, subvertendo os cânones da estatuária do E stado Novo, intervindo no espaço público com projetos de arte urbana m arcada pelo experim entalism o. João Cutileiro destaca-se o M onum ento ao 25 de Abril de sua autoria, instalado no Parq ue E duardo V II, em Lisboa, entre muitas outras obras. O intim ism o, o erotism o e o am or são os principais tem as da sua obra escultórica, m uito m arcada pelo m árm ore, reconhecida em Portugal e no estrangeiro. A escultura de D. Sebastião, em Lagos, obra que desafiou o Estado Novo em 1970, foi o seu trabalho mais polêm ico. Joana M oreira nº9 10ºB Leonor Monteiro 10ºB Helena Almeida Ouve - me (1978) insere - se na interroga ção da autora sobre os conceitos sensoriais, que a partir de 1975 foram objeto de várias obras. O aspeto performativo tem, neste caso, uma acuidade associada ao apelo comunicacional. A comunicação representa - se como um apelo arrancado e materializado atra vés do fio de crina. Em Sente - me (1979) , a s mãos atadas por um cordel em forma de oração a tentar alcançar o pincel, a tesoura e a faca. Em Sente - me é a pele (sensível) que serve de suporte ao elemento plástico primordial - a linha. Neste caso, o corpo converte - se no princ ipal motivo da obra: a mão que desenha, a mão que recebe o desenho. Maria Helena Almeida (1934 - 2018) foi uma artista plástica portuguesa, filha do escultor Leopoldo de Almeida. Formou - se em pintura na escola superior de belas - artes de Lisboa em 1955. Em 1964 obteve uma bolsa de estudo, prosseguindo os seus estudos em Paris. Em 1967, expõe individualmente, pela primeira vez, na Galeria Buchholz. Em 1982 e 2005 foi representante de Portugal na Bienal internacional de Veneza. Ao longo da sua extensa carreira, Helena Almeida recebeu diversos prémios nacionais e internacionais. O fundo ou a cena foi aparecendo cada vez mais nas obras de Helena Almeida, não para dissolver a figura, mas para enunciar os seus limites: a partir de meados da década de 90, o chão de pedra e as paredes brancas tornam - se numa perm anência nas suas fotografias. Em Seduzir (2002), o s sapatos pretos de tacão alto são um símbolo que remete para a sedução feminina, bem como o gesto coquete, de levantar a saia, a que se soma a introdução da cor vermelha com que a palma do pé é pintada. O trabalho de Helena Almeida centra - se no auto - retrato a preto e branco, com intervenções pictóricas pontuais. As principais temáticas de Helena Almeida são o espaço, a ocupação deste pelo corpo e os rituais associados a essa ocupação. A artista vai buscar referências a diversas expressões artísticas - pintura, fotografia, escultura, body art e performance, jogando com os seus códigos para definir um projeto artístico original. PE DRO CABRITA RE IS Bruna Ferreira 10b Pedro Cabrita Reis nasceu a 5 de setem bro de 1956, vive e trabalha em Lisboa. É um dos principais artistas plásticos e um dos artistas portugueses com m aior reconhecim ento internacional, dedicando-se à pintura e à escultura. O seu trabalho tem sido exposto e está presente em várias coleções de m useus nacionais e internacionais. Em 1987 fez a sua prim eira exposição individual internacion al, “A nim a et M acula”, em Antuérpia, B élgica. O autor participou em várias edições da B ienal de V eneza em 1995 onde representou P ortugal com Rui Chafes e José Pedro Croft. Acerca dos processo criativo referiu: “é im portan te para mim u tilizar m ateriais q ue fazem parte d e u ma vivên cia q uotid ian a d as p esso as d e to dos o s d ias.O artista tem d e partir d essa m an ip ulação d as co isas q ue p erten cem ao p atrimô nio co m um,tran sfo rm á-las e d evo lvé-as as p esso as,co nstru in do co m isso u ma n ova man eira d e o lh ar p ara o mu ndo.” Ped ro reis é o au to r d e várias o bras e artes p úblicas em P ortu gal co mo p or exem plo : “Central Tejo” , situada em Lisboa “P alácio” situado no P orto “A Linha do M ar”, em Leça da Palm eira “Castelo”,em V ila Nova da B arquinha Eduardo Souto de Moura Eduar do Sout o de M our a nasce u no P or to, e m 2 5 de Julho de 19 52 e le fr eque ntou o cur so de A rquit etur a na Esc ola Supe rior de Be las A rtes do P or to e na Faculdade de A rquit etur a da U niv ersidade do P or to. A sua c ar reir a c om eçou (quando ainda e le e ra estudan te) no a teliê do ar quit eto Á lv ar o Siz a Vie ir a. Ao long o de tr ês dé cadas, E duar do Sout o de M our a tem e spalhado a sua inspir aç ão não só e m P or tug al mas t am bé m e m m uit os outr os paíse s e ur ope us, tendo sido r econhe cido c om m ais de 4 0 pr émios. • Eduar do Sout o de M our a e xerce u a tiv idade doce nte na Faculdade de A rquit etur a da U niv ersidade do P or to e ntr e 1 98 1 e 1 990, e f oi con vidado par a dar aulas nas e sc olas de ar quit etur a de G ene br a, Par is-Be lle ville , Har var d, Dublin, Zur ique e Lausanne .De m ar ço a té m aio de 199 9, r ealiz ou-se um a e xposiç ão so br e a sua obr a no M use u da Basílic a Palladiana, e m Vice nz a, It ália. O Es tádio M unicipal de Br ag a f oi c ons tr uído par a o Eur o 2 004. O Es tádio M unicipal de Br ag a é c onhe cido por “P edr eir a” por que um a das banc adas – a P oe nte – foi c ons tr uída na pe dr eir a pr é-e xis tente. Esse f act o pe rmit e que o e stádio e steja de um a f or ma m uit o be m c onse guida c om o am bie nte que o r ode ia. • A c ar act erís tic a m ais sing ular do e stád io do Br ag a , é o f act o de t er ape nas duas banc adas. Se gundo Sout o Mour a a r az ão pe la qual pe nsou o e stádio de ssa for ma, a r espos ta v em de sde a G récia an tig a, onde os t eatr os tinham ape nas um a banc ada. Isso pe rmitia que t odos os e spe ct ador es pude sse m v er o espe táculo num a posiç ão pr iv ile giada e ce ntr al, t al com o ac on tece ag or a no Es tádio M unicipal de Br ag a. • • • • A c obe rtur a do e stádio , cuja c oloc aç ão r eve lou-se o m aior de sa fio de t oda a empr eit ada, é inspir ada nas pon tes c ons tr uídas pe la civ iliz aç ão Inc a, no Peru, enc on tr a-se lig ada por c abos de aç o que dis tam e ntr e si 3 ,75 m etr os. Outr a par ticular idade é o f act o de ha ver dois pisos abaix o do r elv ado. • Num dos pisos, os e spe ct ador es pode m de sloc ar -se e ntr e banc adas, no outr o e xis te um par que de e stacionam ento sub terrâne o. Matilde M achado 10ºB Rui P eixoto 10ºB Paula Rego Mar ia P aula Fig ue ir oa R ego, nasce u a 2 6 de jane ir o de 1 935 e f ale ce u a 8 de junho de 2022 Paula de sde o iníc io f oi r econhe cida pe lo se u tale nto lig ado à ar te (de se nho e pin tur a), o pai é, aliás, um a das fig ur as que m ais m ar car am o se u pe rcur so e a sua pe rsonalidade . A pin tor a passou por uns m om entos difíc eis enquan to ar tis ta, c om o a ag ravaç ão da de pr essão do se u pai e a t entativ a de suic ídio do se u m ar ido , que ac aba por f ale ce r e m 1988. P aula num a e ntr evis ta passa a c it ar que esc ondia t oda a sua dor nos se us quadr os: “Tod a a g en te esc ond e c oi sa s, em c asa , no tra balho ... E eu esc ond o no q ue p into, nos bonec os. E sc ond o e nã o esc ond o, p orq ue qua nd o es tou a p intar es tou a m os tra r, só que nã o se vê l og o” ~ P aula R ego Na obr a “ O c ele ir o” inspir a-se e m “ H aun ted ” um dos c on tos de Jo yce Oa tes e m que f ala que d uas am ig as se se par am por c ausa do nam or ado. Na dé cada de 1 990 e m que a sua obr a é reconhe cida pe la ling uag em m ar cada por um a ob se rvaç ão sobr e a soc ie dade nas suas relaç õe s e ntr e g eraç õe s e se xos, m os tr am se mpr e o pon to de v is ta da m ulhe r. P aula Rego de se nvolv e um a fig ur aç ão e xpr essionis ta e in tensam ente c olor ida c ar regada c om um sim bolism o pe sado e g rut esc o. A “Casa das His tór ias” em Casc ais, ac olhe e pr om ov e a div ulg aç ão da obr a de P aula R ego. Beatr iz M or eir a e Inê s A lv es 1 0ºB

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