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71 outubro 2023 C entenário No dia do centenário de José Saramago, a Maria Eduarda do 12.º A e o Ivan do 12.º C, sob a orientação do professor de português, João Serafim, presentearam-nos com uma apresentação e uma reflexão sobre o autor e a obra “Ensaio sobre a Cegueira”. As turmas A, B e C do 12.º ano assistiram a esta magnífica, mas angustiante, viagem sobre a cegueira humana. Os alunos da turma J, da Escola Básica de S. Miguel, tiveram o privilégio de ouvir a história “A maior flor do mundo”, contada pela Dra. Agostinha, vereadora da Educação. Os alunos ouviram com muita atenção a narrativa do menino que sai “pelos fundos do quintal, e, de árvore em árvore, como um pintassilgo, desce ao rio e depois por ele abaixo, naquela vagarosa brincadeira que o tempo alto, largo e profundo da infância a todos nós permitiu...” Foi um momento bastante prazeroso! A Escola Básica e Secundária de S. Bento, Vizela, associou-se à comemoração do cen - tenário do nosso grandioso escritor e ser humano José Saramago, nas «Leituras Cen - tenárias», revisitando O Ano da Morte de Ricardo Reis, mediante a leitura de um excerto desta labiríntica e deslumbrante obra, pela aluna Maria João Cunha Silva, da turma 11.º A. De facto, a melhor homenagem que poderemos fazer a Saramago é ler a sua obra! Como disse o próprio, somos «seres feitos de palavras, herdeiros de palavras e que vão deixan - do, ao longo do tempo e dos tempos, um testamento de palavras, o que têm e o que são.» (José Saramago, Cadernos de Lanzarote [DiárioII], 1995). Sejamos legítimos herdeiros de Saramago... A professora de Português, Manuela Fernandes BE - Biblioteca Escolar Professoras Bibliotecárias Carla Pedro e Sofia Correia osé aramago BIOGRAFIA Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azin - haga. As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.» Em 1947, publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte. No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico li - terário. Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis. Em 1971, assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias. No princípio de 1976, instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escre - ver sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.

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