AI Content Chat (Beta) logo

54 outubro 2023 istória - E ssência no T empo A democracia- virtudes e defeitos “O regime político que nós seguimos é a democracia, pelo facto de a direção do estado não se limitar a poucos, mas se estender à maioria (...) há igualdade perante a lei (...) os magistrados são designados em função do seu mérito(...) um homem sem fortuna pode prestar bons serviços ao estado, a modéstia da sua condição não constitui um obstáculo(...)” Discurso de Péricles em 431a.c. citado pelo historiador ateniense Tucidedes em História da Guerra do Peloponeso, Livro II. A cidade-estado de Atenas foi no sec V a.c. o berço de um novo sistema políti - co, a democracia (demo=povo+cracia=poder). Os seus criadores acreditaram que esta seria a forma de governo mais digna e justa para governar a Pólis. Este processo começou quando Clístenes introduziu algumas alterações que deram o direito de voto aos cidadãos e que mais tarde também Péricles veio a assegurar e consolidar, com a criação das mistoforias, remunerações para os cidadãos que participassem em atividades públicas. Visto que todos os cidadãos tinham o direito de participar diretamente no governo da pólis, reunindo-se na eclésia (assembleia ao ar livre), podemos considerar o regime político ateniense como uma democracia direta que pre - miava o mérito e não a riqueza. Todavia, essa mesma democracia não era perfeita, era incompleta e tinha limita - ções, uma vez que mulheres, metecos e escravos, constituíam uma grande parte da população que era excluída do corpo cívico.Cidadãos, com direitos cívicos, eram uma minoria de homens filhos de pais Atenienses com serviço militar cum - prido. A liberdade de expressão era substancialmente limitada pelo voto ao ostra - cismo (exílio) e pela pena de morte (como o caso do Filósofo Sócrates).Além dis - so,Atenas exercia imperialismo político e económico sobre os aliados do mar Egeu. Embora os helenos tenham servido de base para a construção do regime de - mocrático atual, volvidos cerca de 2500 anos, a humanidade constata que longe de ser perfeita, a democracia contemporânea, será a melhor forma do povo, no seu todo, garantir direitos constitucionais e humanos e fazer-se ouvir. A principal conquista da democracia atual, é o direito ao voto, para todos os cida - dãos, maiores de idade, incluindo mulheres que podem também exercer cargos políticos (a igualdade de género é, no entanto,uma questão que ainda não está bem consolidada). Além disso, a democracia direta da Grécia antiga não é exequível na atualidade, devido ao maior número de cidadãos, estamos perante uma democra - cia representativa, onde os cidadãos elegem os seus representantes no governo. Desta forma se concluí que embora constatando ritmos de evolução diferenciados, - com o passar do tempo, o ser humano, elabora novas possibilidades e alternativas, contribuindo para, na maioria das vezes,o bem estar da humanidade. Não haven - do regimes perfeitos, a democracia tem mais virtudes que defeitos,uma vez que valoriza a dignidade ao ser humano respeita a igualdade, liberdade e a tolerância. Texto produzido pelos alunos de História A, turma 10º B. O Marquês de Pombal Marquês de Pombal, ou Sebastião José de Carvalho e Melo, foi eleito para ministro por D.José I. Este governante, quando foi eleito, fez mudanças no comércio, trazendo de volta as ideias mercan - tilistas e fundando uma companhia comercial mo - nopolista, para controlar o comércio metropolitano e colonial. Nas indústrias, reorganizou as fábricas de lanifícios e a Real Fábrica das Sedas, fundou e renovou fábricas de fundição, de louça. de vi - dros, de cutelaria, etc., fundou a primeira fábrica de refinação do açúcar, já que as receitas comer - ciais do açúcar diminuíram, e contratou técnicos estrangeiros para melhorar a produção, diminuindo as importações e criando medidas protecionais. Em 1758, houve um atentado a D.José, que per - mitiu que Marquês de Pombal aproveitasse essa situação e diminuir o poder das classes sociais privilegiadas, As poderosas famílias no - bres, como os Távoras, foram implica - dos, julgados, condenados à morte e a terem todos os seus bens confiscados. Já os Jesuítas, que eram os que domi - navam a cultura e o ensino, foram per - seguidos e expulsos de Portugal a 1759. Nos meados do século XIII, os “es - trangeirados” criticavam um atraso cul - tural e científico, então o Marquês de Pombal fundou o Colégio dos Nobres e a Aula do Comércio, para formar os jovens privilegiados para os cargos do Estado, e renovou a Universidade de Coimbra que passou a adotar um ensino mais prático e experimental. A 1 de novembro de 1775, houve um enorme terramoto em Lisboa, seguido de um tsunami e vários incêndios. Então o Marquês de Pombal teve de tomar medidas rápidas para recuperar a cidade de Lisboa, como enterrar os mortos e socorrer os vivos e elaborar cautelosamente um plano de reconstrução. Este plano dizia que as avenidas tinham de ser largas, para facilitar a circulação dos carros de cavalos, que as casas tinham de ser construídas com fachadas iguais e com a mesma altura, tinha de haver a distribuição de ofícios para facilitar o comércio, de rede de esgotos, etc. Beatriz Pereira

PAU DE GIZ, N.º 24 - Page 54 PAU DE GIZ, N.º 24 Page 53 Page 55