Nos últimos anos, assistimos finalmente ao despertar generalizado para a grave situação existente no campo da saúde mental. Os efeitos a longo prazo da pandemia vieram acentuar as estatísticas, já alarmantes, do número de pessoas que demonstram sintomas de saúde mental, de maior ou menor gravidade, de uma forma transversal em todas as idades (30% da população). No entanto, o estigma associado aos problemas de saúde mental ainda prevalece. Os preconceitos relacionados com as doenças do foro psicológico, são ainda muito vincados na nossa cultura e sociedade, o que torna urgente a adoção de medidas para aumentar a consciência da saúde mental na população em geral, nos profissionais de saúde e outros setores relevantes. A prática e a fruição cultural têm a capacidade de contribuir para o bem-estar das populações, para a saúde mental individual e coletiva, para a compreensão do comportamento humano, fortalecendo as relações, combatendo desigualdades sociais e o estigma. O Festival Mental foi das primeiras iniciativas a fazer este cruzamento e a explorar o potencial de benefícios da cultura para atenuar o sofrimento, para promover o autoconhecimento e uma maior qualidade de vida e, em última análise, uma sociedade melhor. Um evento que tem vindo a crescer e que é um exemplo de uma boa-prática na relação entre atividade cultural, saúde mental e bem-estar. Diogo Moura Vereador da Cultura da CML Lisboa 09

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